Eu não sei onde estou indo,
Mas quero te encontrar no meio.
Eu sou que nem todo mundo, mas diferente;
Se me conhecesse, já saberia...
/
Eu sou alcançável e não.
Sou a mais romântica e a mais cética também.
Eu sou a amiga e a inimiga,
A garota e o garoto,
O lobo e o coelho.
Eu sou certa pra você e errada também;
Eu fui feita na sua fôrma
Mas a gente não se encaixa.
/
O ar que você respira
Eu respiro também;
A boca que você beija é minha,
E a que eu beijo é sua,
Mas não beijamos o mesmo,
Assim como não respiramos
Com um mesmo pulmão
E acreditamos num mesmo Criador.
/
Nesse mundo
Não há ninguém tão diferente como você e eu,
Mesmo assim eu só quero ser sua
E você só será meu
Porque não pertencemos um ao outro
Mas somos um só.
sábado, 28 de novembro de 2009
Mas
domingo, 15 de novembro de 2009
Assim começo
A Vida agora se abre pra mim, como uma flor; como uma criança.
Fiquei muito tempo inerte, agora eu vejo as pessoas. Eu amo as pessoas.
Amo o jeito delas andarem, brincarem, falarem, xingarem.
Eu amo os olhares; todos os dias vejo centenas de olhos: olhos cansados, olhos sonhadores, sapecas, mas são aqueles cansados que me atraem. Por eles eu posso ver uma vida e a falta do véu da ilusão me dizem que eles já sabem. Essas pessoas já perceberam a subjetividade da sua dor, elas já sabem que são únicas, originais e portanto sozinhas. Mas elas ainda querem ser da massa, se unir, se neutralizar dentro do mar de gente.
Eu sei que a descoberta nós faz solitários, mas Rilke diz que" o amor são duas solidões protegendo-se uma à outra". Faz sentido. Pode ser assim. A infelicidade então vem para quem não vê a impossibilidade de ser substituído.
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